Já se foi o tempo que mascarar sentimentos era a
regra de ouro profissional, mas o que fazer quando não dá para segurar o
choro no meio do expediente?
São Paulo – “Problemas pessoais? Da porta para fora da empresa”. Você já
deve ter ouvido esta "regra" e, em alguns momentos, até tentou
segui-la. Mas até que ponto é, realmente, possível separar totalmente
sua vida pessoal da profissional? E quando o principal fator para o
desequilíbrio emocional está bem ali no meio do expediente?
“Como ser humano você não pode passar por cima das suas emoções”,
afirma Neto Pucci, da consultoria J. Pucci. “As emoções que são contidas
por motivos de trabalho podem explodir de outras formas, como em uma
doença”.
“É natural sentir raiva, tristeza e amor. A questão é como demonstrar e
lidar com estes sentimentos”, diz a consultora Lúcia Velasco.
Conheça seus limites
É consenso entre os especialistas que para manter as emoções em ordem
diante dos colegas e chefia é preciso ter uma boa consciência sobre si
mesmo. “O princípio da sabedoria é conhecer o limite das suas
limitações”, afirma Neto Pucci.
Isso significa que é necessário saber o que tira e o que coloca você
dos trilhos do equilíbrio emocional. “Você precisa saber exatamente
quais comportamentos consegue lidar e com quais você tem mais dificuldade”, diz Lúcia.
Antecipe-se
Com base nesses achados sobre seu temperamento emocional, tenha um
plano de emergência em caso de situações extremas. “Sempre que
participar de um evento que pode te estressar, faça um planejamento”,
aconselha Guilhermos Rego, diretor-geral da Elevartis.
Se a conversa desaguar, por exemplo, em um cenário muito próximo
daquele é que é capaz de tirar você do sério, crie alguma estratégia
para refrescar a cabeça antes que o problema exploda - como pedir
licença e sair da sala para beber água.
Notifique
Dependendo do nível do problema pessoal, os especialistas aconselham
notificar a chefia ou o departamento de recursos humanos. Mas nem sempre
é preciso entrar em detalhes. “O fato de você vivenciar alguns
problemas não anula o fato de você ser um bom profissional”, afirma
Pucci.
Cuidado, no entanto, para não assumir um papel de vitima e se eximir
das suas responsabilidades profissionais. “Fique atento para não
extrapolar. Se desabafou, volte ao trabalho”.
Se precisar chorar, não reprima o choro. Mas faça isso com discrição,
aconselham os especialistas. Agora, “se você chora porque fica lembrando
o tempo todo do problema pessoal, é melhor tentar tirar uma licença de
alguns dias”, diz Rego.
Fonte: exame.abril.com.br
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